A redução da área plantada com milho na região Sul e as perspectivas de aumento da demanda pelo cereal têm mobilizado produtores, cooperativas e agentes públicos.
Isso porque a pecuária tem grande importância socioeconômica para Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná e o milho é matéria-prima fundamental para a ração de suínos, aves e bovinos de leite.
Por isso, a Secretaria de Agricultura e Pecuária (SAR) e a Epagri, por meio do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa), promoveram um debate sobre os desafios e as perspectivas da produção de milho no Sul do Brasil.
O evento ocorreu na modalidade online e foi realizado nesta segunda-feira, 12. Os dados sobre a produção de milho no Rio Grande do Sul foram apresentados pelo assistente técnico em Culturas da Emater – RS, Alencar Rugeri. Já as informações sobre o Paraná ficaram a cargo do analista de Mercado do Departamento de Economia Rural (Deral – PR), Edmar Gervásio.
A abordagem da conjuntura catarinense coube ao analista de Socioeconomia e Desenvolvimento Rural da Epagri/Cepa, Haroldo Elias que comentou sobre os temas comuns que têm afetado a safra:
SONORA
Atualmente, nenhum dos três estados da região Sul é autossuficiente na produção de milho.
O Paraná, que é o maior produtor, é menos dependente das importações e deslocamentos de outras regiões produtoras.
No Rio Grande do Sul, além da redução da área plantada motivada pela substituição por soja, que tem apresentado melhor rentabilidade do que o milho nas últimas safras, a infestação com a cigarrinha-do-milho tem colaborado para a redução da produtividade e aumento dos custos de produção.
Em Santa Catarina, que demanda anualmente cerca de 8,2 milhões de toneladas de milho, a produção, na safra 2023/2024, foi de um pouco menos de 2,18 milhões de toneladas, cerca de 24% a menos do que na safra anterior.