Cine Santana abre inscrições para oficina sobre vampiros

João Paulo Sardinha


Fundação Cultural Cassiano Ricardo

*Colaborou a estagiária Walquíria Teodoro

O Cine Santana está, desde o início do mês, com uma programação especial voltada ao terror no cinema. E, na próxima quarta-feira (23), vai oferecer a oficina “Vampiros no Cinema: A Transformação dos Sugadores de Sangue ao Longo dos Tempos”, ministrada por Carlos Primati.

A oficina começa às 18h e terá quatro horas de duração. Para participar é necessário ter idade mínima de 16 anos.

As inscrições já estão abertas e podem ser feitas exclusivamente pelo app São José Viva até 15h da próxima quarta-feira.

Confira a programação completa dos filmes do Ponto MIS aqui.

A oficina “Vampiros no Cinema: A Transformação dos Sugadores de Sangue ao Longo dos Tempos” utiliza slides e trechos em vídeo para analisar como a figura do vampiro evoluiu. Originalmente retratado como um cadáver repulsivo que emergia do túmulo para atacar seus entes queridos, o vampiro se transformou em um ser nobre e sofisticado, com a capacidade de seduzir, hipnotizar e drenar a essência vital de suas vítimas através do sangue, em busca da imortalidade.

Drácula, o vampiro clássico da literatura, estreou no cinema em 1931, interpretado por Bela Lugosi, e posteriormente por Christopher Lee, Frank Langella e Gary Oldman. Com o tempo, o vampiro se modernizou, adquirindo características urbanas e abordando temas como sexualidade e relações sociais em filmes como “Fome de Viver” (1983) e “A Hora do Espanto” (1985). Em “Os Garotos Perdidos” (1987), o vampiro se tornou metáfora para tribos jovens, representando tanto a opressão quanto a inadequação social.

O vampiro transcendeu o gênero de terror e se tornou personagem de filmes de ação, como “Blade” e “Anjos da Noite”, e de produções infanto-juvenis que exploram a tolerância e a empatia. A saga “Crepúsculo”, com Kristen Stewart e Robert Pattinson, demonstra como o vampiro pode simbolizar angústias e ansiedades adolescentes em um romance ao estilo “A Bela e a Fera”.

Carlos Primati

Especialista em cinema fantástico, com foco que vai do Expressionismo alemão à produção contemporânea, incluindo todos os ciclos de horror e ficção científica. Seu conhecimento abrange a produção nacional, o cinema de suspense de Alfred Hitchcock, o terror brasileiro de José Mojica Marins (Zé do Caixão) e outros temas. O pesquisador ministra cursos de cinema de gênero no MIS e foi palestrante do programa Pontos-MIS em 2018 e 2019, com foco no Horror no Cinema Brasileiro.

Serviço

Cine Santana
Av. Rui Barbosa, 2005 – Santana


MAIS NOTÍCIAS

Fundação Cultural Cassiano Ricardo